Para vender bem é importante saber qual é o potencial da sua casa ou do seu apartamento no mercado e para isso existe o cálculo de valorização de imóveis. Embora seja influenciado diretamente pelo momento da economia, é possível se antecipar sobre o quanto o seu imóvel pode valer na hora da venda e garantir mais lucro.

Descubra como fazer o cálculo da valorização real considerando a inflação, quais são os principais índices para acompanhar e quais as previsões de crescimento do mercado imobiliário para os próximos anos.

Qual a taxa de valorização de um imóvel?

Esse valor varia bastante de um ano para o outro, mas em 2024, a média no Brasil foi de 7,73% para os imóveis residenciais, considerada a mais alta desde 2013¹. No dia-a-dia, a valorização depende de uma série de fatores, desde a localização, ao tipo de imóvel e o quão moderno ele é, por isso, as taxas podem ser maiores ou menores.

Um exemplo está em quanto valorizou o imóvel nos últimos 5 anos, que em alguns períodos chegou a crescimentos acima de 50%² e superou a inflação em diversas regiões, já que quanto mais elas ganham comércios, escolas, projetos públicos e mobilidade, maior o potencial de valorização.

Por falar em inflação, ao investir em um imóvel é importante acompanhá-la, porque pode aumentar os custos de construção, o preço de novos imóveis e incentivar a aplicação em casas e apartamentos, já que são considerados uma boa opção para proteger o patrimônio. Além disso, se você aluga o seu imóvel para terceiros, também tem o reajuste de aluguel que segue a inflação.

Como é feito o cálculo?

O cálculo é feito subtraindo o valor atual do valor de compra e então dividindo o resultado pelo valor de compra. Depois, basta multiplicar por cem e você terá a porcentagem de valorização.

Parece complicado? Vamos a um exemplo prático: você comprou uma casa de R$ 500.000,00 que hoje está avaliada em R$ 570.000,00 no mercado. Então temos:

R$ 570.000,00 (valor atual) – R$ 500.000,00 (valor de compra) / R$ 500.000,00 × 100: 14% de valorização

Para ter um resultado ainda mais realista, é possível consultar o acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA (inflação) e subtrair o seu ganho nominal, ou seja, o quanto o preço do seu imóvel subiu.

Seguindo o mesmo exemplo do primeiro cálculo, seu ganho nominal é de R$ 70.000,00. Se a taxa de inflação acumulada for de R$ 12%, então a sua valorização real é de 2% ou R$ 10.000,00.

É um cálculo importante para ser feito antes de decidir por quanto você quer vender a sua casa, apartamento ou até salas comerciais, garantindo um lucro maior.

Agora que entendemos o cálculo, vamos saber o que é importante considerar nessa avaliação.

O que influencia a valorização do imóvel?

Nós já te contamos sobre a importância da localização e da boa infraestrutura da região, desde recursos como comércio básico até escolas e hospitais. Além destes, a segurança do bairro, o estado de conservação e de manutenção do imóvel e o momento econômico do mercado e do comprador influenciam em quanto será a valorização.

Tudo isso é analisado porque quem quer comprar ou alugar um apartamento ou uma casa, e, no primeiro caso, os recursos e o preço da mensalidade do condomínio também são levados em conta.

 Aqui vão os principais pontos para observar:

• •Localização e acessibilidade: facilidade de acesso a transporte público, vias, áreas de lazer e serviços básicos;
• •Oferta e demanda: regiões com poucos imóveis ou com demanda aquecida tendem a valorizar mais;
• •Infraestrutura da região: escolas, hospitais, comércio, segurança, iluminação pública, etc;
• •Parcerias públicas e privadas: projetos de melhoria urbana, infraestrutura de mobilidade e obras de revitalização podem impulsionar valorização;
• •Tipo de imóvel e estado de conservação: os bem conservados, com boa planta, recursos extras como energia solar e atualizados tendem a ter mais procura;
• •Condições de crédito no mercado: juros baixos ou a inexistência deles, como no consórcio de imóveis, costumam aumentar a demanda, elevando os preços;
• •Cenário econômico: inflação, câmbio e expectativa de crescimento são os principais influenciadores.

Quais índices devo acompanhar?

Para a valorização de imóveis, os mais importantes são:

• •Índice Geral do Mercado Imobiliário-Residencial – IGMI-R;
• •FipeZap que acompanha a variação dos preços;
• •Índice Nacional de Custo da Construção – INCC;
• •Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA;
• •Custo Unitário Básico de Construção – CUB.

Qual a previsão para a valorização dos imóveis?

Para 2025, a tendência é que ela siga alinhada com a inflação, mas não seja tão grande quanto foi no ano passado. Já a partir de 2026 ainda é incerto, porque vai depender da desaceleração das taxas de juros que pode aumentar a demanda, o cenário global, o crescimento econômico e se a reforma tributária será implementada, já que afeta alguns impostos, como o IPTU.

Uma maneira de ter mais segurança é fazer a compra planejada e, se possível, à vista, porque assim você consegue desconto no valor de aquisição, sem perder a margem para o valor de venda. Entenda a seguir.

Como o consórcio ajuda na valorização de imóveis?

O consórcio é uma compra planejada, o que significa que você consegue programar a conquista do imóvel no tempo em que você espera construir patrimônio, comprar para investir e, principalmente, conforme a organização do seu orçamento.

Por não ter juros ou entrada como nos financiamentos, as parcelas são mais acessíveis e depois de contemplado você faz o pagamento da casa, apartamento, terreno ou salas comerciais com a carta de crédito e à vista, o que reduz o seu custo, porque abre espaço para negociação de bons descontos. 

No final, você pode vender o imóvel no valor em que ele vale no mercado, mas gastando menos no quanto precisará desembolsar para a compra. Também fica mais fácil manter a casa, por exemplo, bem conservada e atualizada, já que ainda é possível usar o consórcio para reformar ou até tornar a casa sustentável, ou com uso de energia fotovoltaica, tornando-a ainda mais atraente para os potenciais compradores.

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Referências

1 Preço de imóveis residenciais sobe 7,73% em 2024, a maior alta desde 2013 – Istoe Dinheiro

2 Preço de imóveis cresceu mais de 50% nos últimos 5 anos – Terra