Seja móvel ou imóvel, todo bem pode perder valor com o tempo. Entender detalhadamente como acontece a depreciação do veículo antes mesmo de escolher o seu modelo e tirar da concessionária, ou de fechar a negociação da venda, pode salvar o seu lucro futuro!
O primeiro passo é conhecer como o cálculo da depreciação é feito e o que influencia nesses valores. Este conteúdo te ensina como colocar na ponta do lápis os possíveis valores de desvalorização do seu veículo e como se preparar para ter lucro no final.
Boa leitura!
Qual a taxa de depreciação de um carro?
Para finalidade contábil, a taxa de depreciação de um veículo, definida pela Receita Federal, é de 20% ao ano. Se a sua dúvida é “quanto tempo é a depreciação de um veículo”, o prazo de vida útil é de 5 anos, com perda de valor ao longo do tempo. Automóveis novos podem depreciar até 25% logo no primeiro ano, por isso, para venda, o valor mais adequado é quando comparado ao de compra com a tabela FIPE.
Para acompanhar quanto deprecia um carro, é necessário conferir as regras da Receita Federal, que é o que define as regras e a taxa linear anual. Esse é um método usado para fins tributários e contábeis, embora não reflita necessariamente o valor real de revenda no mercado, que depende de uma série de fatores combinados e verificados na avaliação do veículo.
Por que o veículo deprecia?
A depreciação do veículo é um processo natural do tempo devido ao desgaste mecânico e estético, surgimento de novas tecnologias, demanda e oferta do mercado e o envelhecimento do automóvel. Outros fatores que influenciam são o acúmulo da quilometragem, manutenções fora do prazo e se existe histórico de sinistro, ou seja, registro de acidentes ou outros danos. De forma geral, é importante considerar:
- •Quilometragem: quanto mais o carro é utilizado, maior o desgaste natural das peças;
- •Estado geral do automóvel: veículos sem revisões periódicas, com amassados, arranhões ou problemas mecânicos sofrem maior desvalorização;
- •Fatores externos: lançamentos de novas versões, mudanças de design e até a reputação da marca no mercado influenciam no preço de revenda;
- •Procura pelo modelo: veículos populares e de alta demanda depreciam menos, enquanto modelos de pouca saída perdem valor mais rapidamente.
Com o conhecimento dos motivos e de qual taxa é aplicada, vamos entender como o cálculo da depreciação do veículo é feito.
Como calcular a depreciação de um veículo?
Para calcular a depreciação do veículo é preciso usar a Fórmula do Método Linear, ou seja: (valor do veículo – valor residual / vida útil) ou então o Método Percentual com a seguinte fórmula: Índice de Desvalorização= [(Ano anterior – Ano seguinte) / Ano anterior] x 100. No Método Linear é possível considerar 5 anos como vida útil do veículo, sendo a depreciação mensal 1/5 do valor anual mais alta nos primeiros anos de vida.
Muita matemática, né? Vamos a um exemplo prático considerando que você tem um veículo de R$ 80.000,00.
Na Fórmula do Método Linear, com um valor residual, ou seja, o quanto ele vale no final da vida útil de R$ 10.000,00, temos um valor depreciável de R$ 70.000,00.
Considerando a vida útil de 5 anos, o cálculo é de:
R$ 70.000,00/ 5: R$ 14.000,00 de depreciação por ano,
que significa R$ 1.166,66 ao mês.
Já no Método Percentual, precisamos considerar o quanto ele valia no ano anterior e neste ano. Por isso, se o seu veículo de R$ 80.000,00 valia R$ 95.000,00 no ano passado, a conta é de:
R$ 95.000,00 – R$ 80.000,00 / R$ 95.000,00 × 100: 15,78% de depreciação
Viu só? Calcular a depreciação de um veículo é mais fácil do que parece. Para ajudar, você pode seguir o passo a passo abaixo:
1. Considere o modelo do veículo
Alguns veículos, como os de marcas mais consolidadas, têm maior liquidez no mercado e perdem menos valor. Outros, de nicho ou com pouca procura, tendem a desvalorizar mais rápido.
2. Consulte a tabela FIPE
A Tabela FIPE é a principal referência de preços no Brasil e mostra a média de valor praticada em transações de compra e venda de veículos usados. Consultar a tabela é essencial para ter um ponto de partida confiável.
3. Faça uma avaliação completa do estado do veículo
Lembre-se de que um carro bem cuidado, com revisões em dia, sem batidas ou trocas de peças fora do padrão de fábrica, sempre terá maior valor de revenda. Já veículos com problemas de conservação desvalorizam mais facilmente. Por isso, busque ajuda de profissionais da área para uma revisão detalhada.
4. Descubra qual a média do valor de venda
Além da FIPE, vale observar os preços de anúncios em portais especializados e concessionárias, porque ajuda a entender a prática de valores de venda dos veículos semelhantes ao seu.
Itens opcionais, como teto solar, bancos de couro e sistemas de conectividade, podem influenciar positivamente o valor, enquanto carros com cores menos procuradas ou versões muito específicas podem ter uma revenda mais difícil.
5. Planeje o melhor momento para comprar ou vender
Planejar com antecedência é uma estratégia inteligente para reduzir as perdas e potencializar o seu lucro, tanto na hora de vender quanto na hora de comprar, afinal, é importante incluir a avaliação do quanto o veículo pode depreciar antes de adquirir o seu.
Até mesmo os carros elétricos e os modelos híbridos sofrem depreciação, mesmo com a tecnologia de ponta. Por isso, escolha o melhor momento: trocar de veículo antes dos cinco anos de uso pode ser vantajoso, porque a maior parte da depreciação acontece nesse intervalo e, quanto antes a troca, menor a perda absoluta do valor do carro.
A depreciação do veículo também vale para consórcio?

Sim. A depreciação do veículo tem relevância no consórcio, porque é uma regra geral da compra e venda de bens, também influencia o valor de mercado do carro que você quer adquirir, e o poder de compra com a carta de crédito que você vai receber. Além disso, também afeta uma possível venda ou troca.
A depreciação influencia o consórcio da seguinte forma:
- •A carta de crédito é corrigida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, mantendo atualizada conforme os valores de mercado, e a depreciação impacta neste valor;
- •Se houver saldo devedor no consórcio e você optar por vender o carro para quitar a dívida, o valor de venda com a depreciação pode não ser suficiente.
Depois de todas essas informações, pode parecer que comprar um novo carro não é uma boa opção. Mas calma! Ainda é possível lucrar mesmo com a depreciação e uma dica é apostar na compra de seminovos, já que eles já sofreram a maior parte da desvalorização, e por isso, têm um custo menor de aquisição.
O consórcio de veículos também reduz o custo do seu investimento, já que ele é uma compra programada no prazo e no valor que cabe no seu bolso, sem juros e sem entrada. Além disso, o INPC que citamos anteriormente te ajuda a garantir poder de compra mesmo com a depreciação, afinal, a sua carta terá sempre o valor atualizado do veículo.
Assim, não tem como sair no prejuízo! Faça uma simulação no site Ademicon e nossos consultores entrarão em contato para te explicar ainda mais sobre como o consórcio é uma saída inteligente para comprar carros com um bom lucro de venda no futuro.
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